Muita gente reclama que não consegue viajar, que queria mais tempo para descansar e curtir programas culturais, mas passa todos os finais de semana de folga em casa, às vezes sem por o pé na rua. É ou não é? Confesso que também faço isso, principalmente nos dias chuvosos e cinzas que não são raros em Curitiba...
Mas tem muita coisa bacana para conhecer na cidade e nos arredores. Para matar a saudade dos roteiros de viagens da época do intercâmbio, começa mais uma seção no Diário: Turismo em Curitiba, inaugurada com o ilustre desconhecido Museu Paranaense (MP).
Em pleno coração do Largo da Ordem/São Francisco, muita gente já ouviu falar e passa na frente diariamente, mas nunca entrou para visitar (meu caso desde que mudei para cá em 2009).
Cartola e objetos do Barão de Cerro Azul, herói paranaense
Selfie na pia do antigo Theatro S. Theodoro, hoje Guaíra
Mesmo sabendo das mudanças e reformas promovidas no museu nos últimos anos, tinha a impressão de que o espaço era hermético, tipo aqueles museus que a gente visita entediado com as turmas escolares. Longe disso! O Museu Paranaense não só abriga mostras temporárias, como mantém o acervo histórico do estado (em exposição permanente) de forma bem palatável aos visitantes.
Desde os primórdios da ocupação humana na região, passando pelas dezenas de tribos e nações indígenas e pelo período colonial, até chegar nos conturbados séculos 19 (quando o Paraná se emancipou de São Paulo) e 20 (Guerra do Contestado), tudo está retratado de alguma forma. Pesquisas e estudos de museólogos e arqueólogos também têm vez no MP, com destaque para a maquete/réplica da cidade espanhola de Villa Rica do Espírito Santo, uma das tantas destruída pelos bandeirantes paulistas na região no século 17.
Acervos de importância histórica para o Paraná, como da família Leão (da famosa marca Matte Leão), do extinto Banestado e da Impressora Paranaense foram doados ao MP e têm generosos espaços de exposição, ajudando a contar a história industrial do estado.
No prédio histórico, que já foi palácio da família Garmatter, sede do governo e uma porção de outras funções, dois aposentos e uma sala de banho estão preservadas como eram no século 19.
Entre as exposições temporárias, duas bem bacanas: Tempo de Brincar, que traz brinquedos de épocas variadas, e Negra Curitiba, com fotografias que fazem rimas com as clássicas pinturas dos negros de Debret.
Para visitar com calma, recomendo ir com umas duas horas livres. O museu fica na Rua Kellers, em frente as Ruínas e o Belvedere, uma das ruas ocupadas pela famosa Feirinha de domingo. A entrada é gratuita. Mais informações no site do Museu Paranaense.
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