domingo, 20 de dezembro de 2015

Especial Séries: Midseason 2015-2016

Dezembro é tempo das séries americanas entrarem nas férias da midseason, só voltando em janeiro, fevereiro ou mesmo março, em alguns casos. Esse post faz um compilado das séries que acompanho: como foi a temporada até agora, onde paramos e o que esperar da metade final que nos aguarda até maio/junho de 2016. Bora lá?


Alerta de spoilers
How to Get Away With Murder (2ª Temporada) - A melhor surpresa desse ano, indicada por colegas do trabalho e devorada em maratona na Netflix, HTGAWM está mais afiada e eletrizante que o primeiro ano. Annelise e seus alunos se envolveram num crime muito mais cabeludo, Milestone está metido até o pescoço dessa vez, e a vida da advogada criminalista mais odiada/amada da TV está em risco. Apesar de a tensão ser meio fake, ao que tudo indica: a série só funciona pelo carisma e talento de Viola Davis, merecidamente indicada ao Globo de Ouro pela atuação. Outro ponto a favor é o protagonismo de negros e homossexuais de forma orgânica, sem que seja visto como algo edificante ou espaço concedido. Esse é o espírito! Que venham mais reviravoltas nessa história...
Agents of SHIELD (3ª Temporada) - Não canso de recomendar SHIELD para os amigos que são fãs do Universo Marvel no cinema, mas que tem preguiça de acompanhar a série. Continua ótima! O time original de Coulson já suou a camisa para enfrentar o Clarividente, a Hidra, os Inumanos e agora está de frente para uma ameaça ainda maior: um alienígena ancestral que tomou o corpo de Ward - morto por Coulson no planeta azul em que Simmons havia ficado perdida, num dos melhores episódios do ano. Vem muita coisa boa por ai, com destaque ainda para os Guerreiros Secretos, Inumanos liderados por Daisy, nossa eterna Skye, e para o ótimo casal Hunter e Bobbi.

PS: Desenrola de uma vez, Fitz-Simmons! haha
Arrow (4ª Temporada) - Quem diria que o quarto ano de Oliver Queen e seus amigos seria melhor que Flash! A midseason finale não só deixou um cliffhanger muito mais emocionante, como a temporada como um todo vem numa crescente: Demian Dhark é o pior vilão que já chegou a Starling City (rebatizada de Star City), cada integrante do Team Arrow ganha destaque por episódio e o tom leve e descontraído de Central City parece ter chegado para ficar. Os crossovers, aliás, são o melhor trunfo das séries da DC feitas pela CW, com destaque para os episódios Legends of Yesterday e Legends of Today - uma espécie de introdução para a série que vem por ai com personagens de ambas, Legends of Tomorrow. Os flashbacks de Oliver continuam sem muita função na trama, mas até lá houve um acréscimo de peso com gancho no presente: Constantine, recuperado da série cancelada da NBC.
The Flash (2ª Temporada) - Depois de um ótimo ano inaugural, a série de Barry Allen deu uma estacionada. Não que esteja ruim, mas Arrow passou na frente esse ano. A finale da midseason deixou a desejar com o conflito envolvendo o Dr. Wells 2.0 e o vilão Zoom. Já o fim do imbróglio entre Barry e Iris é muito bem-vindo, com a chegada de Patty, nova parceira de Joe. Mas nada que nos anime a longo prazo, já que sabemos que Iris será, no futuro, a Sra. Allen. Cisco e Caitlin continuam no tom certo, assim como os novos personagens como o Flash da Terra B, Jay Garrick, e o recém chegado Wally West, filho de Joe criado por sua esposa. Com um multiverso a explorar, The Flash segue promissora e deve nos trazer um bom resto de temporada.
Supernatural (11ª Temporada) - Ao mesmo tempo em que a saga dos irmãos Winchester cansa quem acompanha a série desde 2005, a temporada atual nos anima a continuar pela boa condução do roteiro. Finalmente, elementos da cultuada 5ª Temporada estão de volta: Lúcifer, Sam e a jaula. Crowley e sua mãe Rowena continuam bem explorados, assim como as eternas desconfianças e coisas que um esconde do outro no bromance mais famoso da CW: Sam e Dean. Não podemos dizer o mesmo de Castiel, que este ano está mais perdido e sem foco do que nunca. Apesar dos fãs adorarem o anjo, é cada vez mais difícil dar um sentido para ele na série.
American Horror Story (5ª Temporada / Hotel) - A antologia criada por Ryan Murphy segue com seus altos e baixos, dessa vez num cenário pra lá de arrepiante: o Hotel Cortez. Introduzido ao som do clássico de The Eagles, literalmente esse local "pode ser o céu e o inferno", habitado por fantasmas aprisionados por contas a acertar em vida e vampiros liderados pela Condessa (Lady Gaga, ótima no papel). A falta de Jessica Lange é em parte sanada pela atuação de Gaga, e ela exaustão com as personagens de Jessica, todas divas decadentes e manipuladoras. Os coadjuvantes estão afiados, com destaque para o sempre ótimo Denis O'Hare e sua Liz Taylor, Sarah Paulson como a drogada Sally e Evan Peters como o criador do Hotel, James Patrick March (em ótima emulação dos atores dos anos 1930). Já Finn Wittrock (dose dupla) e Wes Bentley estão insuportáveis em seus papeis, assim como Kathy Bates e Angela Bassett seguem desperdiçadas. A promessa de interligar as tramas de AHS foi cumprida em partes, com uma referência à Murder House do primeiro ano, e a aparição da vidente Billie Dean (Sarah Paulson) no Cortez.
Grimm (5ª Temporada) - Outra "série B" que vem numa crescente, Grimm nos trouxe o surgimento de uma nova facção wesen, aparentemente mais forte e organizada que a Realeza e a Resistência dos anos anteriores. A melhor alteração, sem dúvida, foi a "morte" de Juliette e a aproximação entre Nick e Adalind após o nascimento do bebe Kelly. Mas como tudo que é bom dura pouco, a chata da ex apareceu na última cena tocando o terror para deixar o Grimm balançado. O restante continua funcionando bem, e vamo que vamo!
The Big Bang Theory (9ª Temporada) - Depois de uma série de episódios medianos na temporada anterior, em que o esgotamento de enredos se mostrou evidente após 9 anos, TBBT está investindo na relação de Sheldon e Amy. Conforme já foi adiantado, o esperado "coito" está previsto para os próximos episódios. Ao mesmo tempo em que isso divide os fãs (há quem ache que as mudanças na personalidade de Sheldon descaracterizam o personagem), outros tantos sempre torceram para que sua relação com Amy fosse levada a sério. Ao que tudo indica, até o fim da temporada os dois devem se casar - seguindo os passos de Howard e Bernadette / Leonard e Penny. Já Raj tem que continuar como é: o indiano atrapalhado e indeciso, com suas relações estranhas e a eterna fixação por Howard!
The Middle (7ª Temporada) - Incrível como a série da família Heck continua firme, forte e hilária depois de sete anos. Mesmo com Axl e Sue na faculdade, os roteiristas encontram situações para integrá-los ao restante da família - além dos casos inusitados que não podem faltar na vida  universitária. Brick continua sendo o filho esquecido, mesmo tendo a casa e os pais só para ele (teoricamente), Frankie e Mike seguem como sempre, depois de o patriarca ter passado por uma crise de meia idade no início do ano. Vida longa aos Hecks!
Mom (2ª Temporada) - Criada por Chuck Lorre após o fiasco final de Two and a Half Men, Mom deixou de ser uma "versão feminina" da história de Malibu para criar uma identidade própria. Sim, Bonnie e Christy são muito parecidas com Charlie Harper na bebedeira e histórias bizarras do passado, mas o desenrolar do roteiro em família diverge de THM. Até a mãe de Bonnie surgiu esse ano, para explicar de onde vem a tradição de filhas negligenciadas que repetem a criação que tiveram, num ciclo vicioso que chegou até Violet e sua bebê, dada para adoção. Boa pedida para quem curte o humor de Lorre!


Que venha 2016 com todas as finales dessas temporadas, mais Agente Carter, Game of Thrones, Penny Deadful, Bates Motel, House of Cards, Better Call Saul, Demolidor, Sense 8, Narcos, Jessica Jones e o que vier! Aliás, o próximo post sobre séries vai ser justamente sobre as queridinhas da Netflix, que não param de surgir e nos fazer sentar por horas no sofá em maratonas!

Viciado em séries? Imagina! ;)

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