quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Turismo em Curitiba: Parques, bosques e memoriais étnicos

Depois do roteiro na região central de Curitiba, que tal começarmos a explorar os parques, bosques e memoriais da capital paranaense? 

Os cartões postais dispensam apresentações: Jardim Botânico, Ópera de Arame, Parque Barigui e Museu Oscar Niemeyer (MON), para citar alguns, são bem conhecidos tanto pelos turistas, quanto pelos moradores. E todos esses valem a pena serem visitados, sem dúvida!
Mas você já foi no Memorial Ucraniano? Percorreu a "trilha de João e Maria" do Bosque Alemão? Sabe que o Parque Tanguá foi eleito um dos mais bonitos do Brasil? Já explorou as vinícolas e restaurantes italianos de Santa Felicidade
Esses e outros locais super bacanas de Curitiba você confere agora no Diário!

Parque Tanguá

Curitiba tinha, até a década de 1970, algumas pedreiras em funcionamento em seu perímetro urbano. Depois de um grave acidente que deixou dois mortos, 80 feridos e um rastro de destruição no bairro Cabral em 1976, as pedreiras da cidade foram fechadas e transformadas em parques. É o caso do Parque das Pedreiras, onde se localiza a Ópera de Arame e a famosa Pedreira Paulo Leminski. É também o local onde foi erguido, em 1996, o incrível Parque Tanguá.
Projeto do arquiteto Rodolfo Doubek Filho, o Tanguá preserva áreas verdes próximas à nascente do Rio Barigui, com vegetação repleta de araucárias. 
 Vista do mirante do Tanguá
Com uma cascata, dois lagos e um túnel artificial, que pode ser visitado a pé ou de barco, o parque inclui ainda lanchonetes, banheiros, uma ciclovia, pista de corrida/caminhada e um mirante com uma vista imperdível de Curitiba!
Aberto diariamente.


Memorial Ucraniano (Parque Tingui)
Implantado em 1994, o Parque Tingui não é dos mais conhecidos da capital paranaense. Segundo infos da prefeitura, o parque faz parte de um projeto mais abrangente que prevê a implantação de um parque linear em toda a extensão do Rio Barigui, numa união com os parques Tanguá e Barigui.

Em sua pista de caminhada, o Tingui exibe paisagens de lagos, pontes e mata nativa, percorridos à margem do rio. Mas sua principal atração é étnica e cultural: o Memorial Ucraniano.

O Brasil abriga hoje a maior comunidade ucraniana da América Latina, contando com mais de 1 milhão pessoas, entre ucranianos e descendentes - 80% deles no Paraná. 
Parque Tingui 
O Memorial Ucraniano abriga uma réplica de uma igreja ucraniana, um portal, mirante e palco onde são realizados eventos culturais. Há ainda um monumento em forma de "pêssanka" (ovos pintados à mão em filigranas para saudar a Páscoa) e campanário, baseados no estilo que caracterizam as construções da Ucrânia, em homenagem aos imigrantes que ajudaram a construir Curitiba. 
O Memorial funciona de terça a domingo, das 10h às 18h.


Bosque do Papa (Memorial Polonês)
Quem visita o Museu Oscar Niemeyer muitas vezes não sabe que, logo ao lado, se localiza o charmoso Bosque do Papa, onde funciona o Memorial Polonês.
Inaugurado em 1980, o Bosque João Paulo II eternizou a passagem do papa por Curitiba naquele ano, quando ele visitou a casa típica polonesa montada durante a solenidade no Estádio Couto Pereira. E foi entregue à cidade como um presente e uma homenagem à colônia polonesa que, assim como a comunidade ucraniana, é a maior da América Latina.
Sete casas típicas polonesas em forma de aldeia podem ser visitadas ao longo do bosque. Erguidas no início da colonização polonesa na região, por volta de 1878, e remontadas no bosque, as casas são feitas de troncos de pinheiro encaixados, abrigando a história e a cultura dos imigrantes. 
Aberto diariamente.
Bosque Alemão
Além do popular Bar do Alemão, no Largo da Ordem, quem gosta da cultura germânica não pode deixar de conhecer o belo Bosque Alemão, no Vista Alegre. 

Implantado em 1996 pelo então prefeito Rafael Greca (como boa parte dos projetos culturais e de memória étnica que aqui falamos, diga-se), o local tem duas atrações imperdíveis: o Oratório de Bach - réplica de uma igreja presbiteriana de estilo neogótico que existiu no bairro do Seminário - e a Trilha "João e Maria".

Trilha que une a parte alta e baixa do Bosque Alemão, é marcada por totens que contam a clássica história de Hansen e Gretel (traduzidos para João e Maria), dos Irmãos Grimm. No meio do percurso, a Casa da Bruxa é parada obrigatória. Diariamente, dezenas de crianças visitam o espaço e participam da "Hora do Conto", onde bruxas e fadas fazem uma leitura teatralizada de contos infantis.

A estrutura completa (lanchonete e sanitários) se localiza na parte superior do Bosque, ao lado do Oratório. Há ainda a Torre dos Filósofos, mirante com 15m de altura.
Aberto diariamente, das 8h às 20h.


Santa Felicidade
Curitiba tem muito polaco e ucraniano, mas a colônia italiana também é forte na capital das araucárias! O bairro típico é Santa Felicidade, referência na gastronomia e vinicultura da região. Quem nunca ouviu falar do restaurante Madalosso, famoso pelo rodízio de comidas típicas italianas?

Mas "Santa" tem outros atrativos. O acesso pela longa Avenida Manoel Ribas faz com que o bairro pareça uma "vila" a parte. Charme para isso não falta, e tem até pórtico de entrada!

Das várias vinícolas e restaurantes, destaco dois que conheço: a vinícola Durigan, com uma bela fonte que chama atenção de quem passa, e o restaurante dançante Toscana, que recentemente completou 40 anos de atividade e é uma das referências para quem gosta do estilo "balada retrô".
Vinícola Durigan



Praça da Espanha
Pedacinho espanhol na capital do Paraná, a Praça da Espanha é um dos pontos imperdíveis da região do Batel/Bigorrilho. Palco de apresentações culturais e de uma feira de antiguidades, aos sábados, a praça abriga ainda a Casa de Leitura Miguel de Cervantes (Farol do Saber).
 Apresentação do músico Guilherme Mattar no Playing for Change de 2015
Duas dicas bacanas para comer nos arredores: o Madero Sports Bar, com seis canais simultâneos de programação esportiva variada, e o Bar do Victor, referência em frutos do mar.
Dia de feira de antiguidades na Praça da Espanha

Bônus: Praça do Japão e Bosque de Portugal
Para encerrar o post, nada melhor do que falar da Praça do Japão e do Bosque Portugal, respectivamente no Batel e Jardim Social, que homenageiam as colônias nipônica e lusitana.

Dois passeios bacanas (e mais rápidos) para incluir no seu roteiro!
 Bosque Portugal, com totens em homenagem aos países lusófonos
Como deu pra perceber, Curitiba é uma cidade de muitos povos, que aqui chegam desde o século 19. Seja do Haiti, da Síria, de São Paulo (como eu) ou do interior paranaense, os migrantes e imigrantes continuam vindo e ajudam a fazer da cidade mais diversa. E estão mudando a cara do "curitibano típico", aquelas pessoas mais tímidas que pouco falam com desconhecidos. Que Curitiba seja cada vez mais globalizada e cosmopolita. Isso não tem preço!

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