Não é de hoje que o cinema mundial tem se debruçado em recriar, dar sequência ou fazer episódios introdutórios de histórias consagradas da sétima arte. 2015, porém, tem sido um ano especialmente marcante nesse quesito.
Em especial depois da bilheteria estratosférica que Jurassic World - o quarto episódio da franquia que começou com Steven Spielberg na direção, hoje produtor executivo - conseguiu pelo mundo, e que já garantiu mais duas sequências, dando início a uma nova trilogia jurássica.
Tendência ou falta de inspiração?
Sempre que a nostalgia impera surge a dúvida: é uma nova tendência, ou está faltando inspiração aos roteiristas e produtores para inovarem os longa-metragens?
Pessoalmente, acredito que seja um pouco de cada coisa. O mundo do entretenimento está mais nostálgico, com afeto e saudade especial de tudo o que se produzia nos anos 1980 e 90 - isso tanto no cinema quanto na TV e em outras mídias. Arquivo X? Vai ter nova temporada. Prison Break? Vai voltar. Um Maluco no Pedaço? Will Smith vai produzir uma nova série sobre um de seus personagens mais icônicos. E por ai vai...
Por outro lado, são poucos os casos de filmes e séries que inovam e fazem sucesso. Quando isso acontece, o fenômeno se repete: as temporadas e continuações vão se seguindo umas as outras até a exaustão, quando em 90% dos casos a qualidade já não é mais a mesma do produto original. Aconteceu com Dexter. Aconteceu com How I Met Your Mother. Está acontecendo com franquias como O Exterminador do Futuro, que ainda não conseguiu o retorno financeiro desejado no recente Genesis.
Já Velozes e Furiosos é um caso raro em que a franquia quase foi pro saco, entre os filmes 3 e 4, e agora não tem previsão de acabar, tamanho sucesso dos longas mais recentes. Missão Impossível, aparentemente, segue essa cartilha também...
A volta dos que não foram
Além de Jurassic World, outro retorno triunfal - e de excelente qualidade - também merece nota em 2015: Mad Max: Estrada da Fúria. Como espectador que não assistiu os três primeiros filmes da saga que lançou Mel Gibson (ainda quero ver), sai da sala de cinema completamente satisfeito. As referências aos anteriores foram pontuais, mas não determinantes para seu entendimento.
Caso oposto do Exterminador 5 que, até mesmo por trazer viagens no tempo, não tem como se desvencilhar dos longas predecessores - apesar dos filmes 3 e 4 poderem ser deixados de lado, o 1 e o 2 (clássicos de James Cameron) não têm como esquecer.
Por fim, mas não menos importante, 2015 vai terminar com o retorno tão aguardado da saga Star Wars. E de onde a história original parou, em 1983, com o trio Luke, Leia e Han Solo de volta! É muita nostalgia e expectativa pra um filme só, o que por si só é bom e ruim. Já dá pra prever que metade dos fãs vai sair encantado do cinema, enquanto metade critica e comenta o que ficou de fora, o que poderia ter voltado e etc. É o risco que se corre ao resgatar uma saga do porte de Star Wars, e J.J.Abrams tem ciência da responsabilidade que é liderar um filme sobre a Força, os Jedis e os Siths.
E o futuro?
A Deus pertence! haha
É difícil prever o que virá nesse quesito originalidade x continuidade, ainda mais em tempos de blockbusters dominados por heróis da Marvel e da DC, todos arrastando multidões aos cinemas - o que é um feito em tempos de Netflix, streaming e 4G disseminados entre o público de classe média.
2016 vai trazer de volta os Ghostbusters, agora uma equipe feminina, e o início de uma trilogia prequel do universo de Harry Potter, isso sem falar da Guerra Civil, de Batman x Superman e do Esquadrão Suicida. É muita nerdice pra um ano só! hahaha
E você o que acha? Prefere rever franquias de sucesso ou espera se surpreender com novidades na telona (e na telinha, por que não)? Deixe seu comentário!
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