domingo, 18 de novembro de 2012

Versailles

Em 1682, quando a vida na corte de Paris estava atribulada demais para o Rei-Sol, ele se mudou para Versailles. Símbolo máximo do absolutismo francês, consagrado como centro de poder do Antigo Regime na França, o Palácio de Versalhes abre suas portas ao público como museu desde 1873. Se você é fã da história de Louis XIV, Maria Antonieta e de tudo o que a França representava no século das luzes, essa visita é imperdível!

 É possível ir de metrô do centro de Paris até Versailles, numa viagem de menos de uma hora. Afinal, a cidade fica na região metropolitana da capital. A ida pode ser paga com ticket normal (aquele das zonas 1, 2 e 3). A volta é um pouco mais cara, pois estamos na zona 4.
A Gare de Versalhes fica bem próxima do Palácio, com seus jardins e arredores (Grand Trianon e Petit Trianon). O restante da cidade é bem bonito, parece mesmo uma cidade-Estado com as glórias de antigamente. Chegando lá de manhã, por volta das 10h, é possível conhecer tudo com calma até umas 16h30...
Mas se prepare para encarar filas. E multidões de turistas. Mesmo numa sexta-feira nublada e chuvosa como a que fui - uma pena, já que os jardins perdem metade de sua beleza - tinha bastante gente turistando. Felizmente, como estudante menor de 26 anos, não precisei entrar na fila do ticket, muito menos pagar a (salgada) entrada de 18 euros para acesso ilimitado (palácio + trianons). Só para o palácio, a entrada reduzida fica em 13 euros, e a dos trianons sai por 6 euros. O acesso aos jardins é gratuito.

Château de Versailles
O museu do Palácio de Versalhes é bastante amplo, mas nada que se compare com o Louvre! Se não fossem as filas, em menos de duas horas daria tempo de conhecer tudo com folga. Mas isso é praticamente impossível, ainda mais quando 100 turistas empacam para fotografar nas principais salas e ambientes do Château!

Comecei a visita pelas dependências do delfim e das princesas, no térreo. Não tem nada demais - a não ser a biblioteca do delfim: me deu vontade de morar ali!
Em seguida, passei pela ala da história do palácio, com tudo explicado bem didaticamente desde sua construção, até a transferência da Corte, a decadência durante a Revolução e a retomada do glamour inicial, com Napoleão, Luís Filipe e o General De Gaulle.

O crème de la crème da vista, porém, é o famoso Salão dos Espelhos. Sem dúvidas, é a única ala do palácio que faz cair o queixo de qualquer um! Ricamente adornado do chão até o maravilhoso teto, cheio de pinturas, vitrais e lustres, o salão é bem grande, e merece ser percorrido com muita calma. Profitez bien!


Por fim, há os salões dedicados aos deuses romanos (Vênus, Marte, Apolo e etc), todos ricamente adornados, e os quartos do Rei e da Rainha. Mas eis que surge a velha dúvida do turista que passa por Versailles: até que ponto o que estamos vendo é real, ou réplica? Afinal de contas, durante a Revolução Francesa, o palácio foi saqueado e teve sua mobília praticamente toda leiloada, doada ou transferida para outros locais.
 Louis XIV e sua família como deuses romanos
Cama do Rei
Muita coisa foi recuperada e restaurada, é verdade, mas o quarto da Rainha, por exemplo, é uma réplica fiel dos originais, como as descrições bem explicam...
Quarto da Rainha
Terminando o tour pelo palácio, faça um lanche: tem sanduíche bem reforçado por 5 euros no térreo do palácio, perto da boutique.

Os Jardins
Como já comentei, aquele 2 de novembro não foi o melhor dia para conhecer os Jardins de Versailles. A garoa e o tempo nublado só deram trégua no fim da tarde, quando já estava voltando dos Trianons très fatigué para aproveitar a bela vista...Uma pena!

Mesmo assim, as fontes, lagos, bosques e jardins fazem a caminhada até os Trianons valer a pena! A paisagem é incrível!


Grand Trianon

Palácio favorito de Louis XIV - o Rei-Sol passava a maioria do tempo lá com sua amante - e residência oficial de Napoleão durante o Primeiro Império, o Grand Trianon preserva com muito mais autenticidade sua mobília original.

Se andar pelo Château é um mergulho no século das luzes, a visita ao Trianon é o equivalente a uma viagem ao século 19. Com toda a pompa e circunstância dos soberanos franceses até o General De Gaulle, que também viveu por lá quando da sua presidência.

Petit Trianon (Domaine de Marie Antoinette)
Por fim, o roteiro de Versailles se encerra com o Domaine de Marie Antoinette, mais especificamente o Petit Trianon.


Era lá que a última rainha da França passava a maior parte de seus dias, jogando e festando com suas damas de companhia - e amantes. A caminhada do Château até lá é boa, quase uma hora, o que nos leva a uma conclusão: Maria Antonieta era safada! Podia fazer a zona que quisesse que ninguém na corte iria ouvir! Sacanagem... hahahaha

Cama da Maria Antonieta

Voilá, ça c'est Versailles...Uma viagem no tempo em menos de um dia, que vale muito a pena para o turista que reserva uma semana para desfrutar Paris e arredores
No próximo post, não perca as dicas para um final de semana em Lyon, a segunda maior cidade da França. Au revoir!

Nenhum comentário:

Postar um comentário