On the Road: Milão

Na volta de Praga, passei dois dias em Milão. Foi uma daquelas voltas estratégicas pelo bom preço dos voos lowcost, já que o Aeroporto Milano Malpensa fica a umas 5h de trem de Grenoble. Mais longe que Lyon ou Genebra, mas mesmo assim vale a pena, dependendo do itinerário...

Foi minha primeira viagem para a Itália, e não me decepcionei com nada. O povo é simpático e extrovertido - apesar de dar informação errada na rua - a comida é sensacional, e bem, a Itália é a Itália. Mamma mia, que terra! Meu fascínio também está no sangue, já que sou 35% italiano...hehe

- O que sabemos de Milão: Capital da Lombardia, Milano é conhecida por ser referência na moda - caríssima, por sinal - e no futebol, terra do Milan e da Internazionale. Na parte histórica e turística, os destaques são poucos: a Catedral do Duomo, o Castelo Sforzesco e o convento de Santa Maria delle Grazie, onde está o afresco A Última Ceia, de Leonardo Da Vinci.

- Pontos imperdíveis: esses três que eu comentei, e seus arredores. Se você tirar um dia inteiro para Milão - saindo do seu hostel/hotel umas 8h-9h e voltando umas 19h-20h - dá pra conhecer tudo com calma. Lógico, se tiver tudo aberto!

O melhor é começar pela Piazza del Duomo, com a imponente Catedral - que tem entrada franca, mas cobra para quem quer fotografar. Ou seja, todos pagam, pelo menos na primeira vez...E tá cheio de guardinha chato pedindo pra ver sua "pulseira de fotógrafo", o que me irritou um pouco. Fiscalizar sim. Ficar em cima de uma mesma pessoa e encher o saco SEIS VEZES falando a mesma coisa, dai não...

Além do Duomo, que é magnífico e imponente, a Galleria Vittorio Emanuelle fica logo ao lado, outra parada obrigatória e belíssima. Pelo menos pra passar, e fotografar, já que os preços são bem salgados...

 Incrivelmente mais bela à noite

O caminho a pé entre a piazza e o Castelo Sforzesco é bem perto, cerca de 10-15 minutos. Com uns cinco museus, o castelo exibe toda a força dos antigos duques de Milão, e recebe o nome da familia Sforza, uma das mais poderosas da época. Quem acompanha a série The Borgias conhece...

Umas duas horas lá dentro é mais que suficiente para ver tudo. O acervo e as exposições temporárias são bem bacanas. O destaque é a Pietà Rondanini, a inacabada e última pietà de Michelangello Buonarroti.

Atravessando o castelo, você dá de cara com o Parque Sempione. Quando fui, estava coberto de neve, muito lindo! Mas já vi fotos de amigos que foram no verão, e também é incrível...Do outro lado do parque, há um arco do triunfo que fica show nas fotos hahaha

Outros pontos interessantes de Milão ficam próximos do Duomo também, como o Teatro Scala, a igreja San Bernardino alle Ossa (com um ossário de dar arrepios) e o Observatório da Academia de Brera, essa já a uns 20 minutos ou mais de caminhada saindo da piazza.

 Teatro Alla Scala, palco de Verdi e outros ícones da ópera italiana

 Ossário de San Bernardino, dica da minha amiga Stephany Volkof. Valeu!!

 Academia de Brera com seu Observatório

Por fim, tenho que contar minha aventura para visitar o Cenacolo Vinciano, em Santa Maria delle Grazie. Foi na manhã do segundo dia. Cheguei na estação do metrô faltando meia hora para o horário agendado de visita (é preciso reservar antes pela internet, cerca de 8 euros com visita guiada). Até ai tudo bem. O problema foi que essa região de Milão, próxima ao castelo, é cheia de ruelas e quarteirões pequenos. Me perdi demais, cada pessoa que parava me dava uma indicação diferente...

Só sei que cheguei dez minutos atrasado. Consegui passar logo pela bilheteria  e uma das guardas me colocou pra dentro. "Sorry, I get lost", me desculpei. "I'm sorry for you, you only have five minutes now", retrucou ela. Sim, meus caros: a visita só durava 15 minutos, e tinha atrasado os 10 primeiros. 

Foto da réplica, já que é proibido fotografar o original

Tive pouquíssimo tempo pra admirar a obra-prima de DaVinci na parede daquele refeitório, mas mesmo assim valeu a pena. A dica é chegar UMA HORA antes e ficar esperando lá, pra garantir! =S

- O que não fazer em Milão: Se você for no esquema mochileiro, nem se arrisque em comprar roupas por lá. Isso não te pertence! hahaha. Na questão da alimentação e das lojas de souvenirs, lá também vale a velha manha: se é perto demais dos pontos turísticos, é caro. 

Se é na Piazza del Duomo, esqueça: facada na certa. Só andar algumas quadras adiante que o preço da piazza e do spaghetti cai vertiginosamente. Das lembrancinhas também.

Fiquei num hostel digno, um pouco afastado do centro, mas bem fácil de chegar usando o metrô (que todos invariavelmente usam, nem que seja para ir até o aeroporto). Se chamava Euro Inn, com diária de 12 euros - se não me engano, eles ofereciam café da manhã por 1 ou 2 euros.

Apesar de não ter feito o tour nessa sequência - foi só no final de janeiro que me aventurei pela Itália, em uma semana - vou falar sobre Roma, Vaticano, Florença, Pisa + Verona e Veneza nos próximos posts. Mamma mia, tá cheio de dica boa que você não pode perder! Arrivederci!